Letra: Gilmar Hollunder e Ana Elisa Zart
Música: Gilmar Hollunder
Refrão:
Fala negro, fala branco
seu lugar é aqui.
Fala índio e mulato
foi assim que aprendi.
Portadores de sementes, vamos nós sempre lutar
Com idéias diferntes, prá família vou voltar.
A família dá idéias, associações vamos formar.
Como povo diferente na terra eu vou morar.
Vai formando parcerias, vai formando seu pensar.
Vai cuidando das águas sempre que os rios vão levar.
Aprendi que a gente é parte e dono da terra não.
Eu apenas vivo dela, pensar nisso sempre é bom.
Como escola pioneira, a EMFAQUE quer falar.
Vai quebrando as barreiras esse povo vai mudar.
Vai criando seus projetos, vai a luta trabalhar,
Compromisso com a vida, nosso sonho realizar.
ESCOLA MUNICIPAL FAMILIA AGRÍCOLA DE QUERÊNCIA - QUERÊNCIA - MT
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
EMFAQUE EM MATO GROSSO -Contexto geográfico, histórico e político social de Querência-MT
Contexto geográfico, histórico e político social de Querência-MT:
Querência do latim “quaerere” (querer), adaptado para o Espanhol platino “Querência”; o termo assume o sentido de lugar onde o gado costuma ficar, em sentido de translado; lar, querido lar.
Começou a existir em dezembro de1985, com a chegada das primeiras famílias, vindas da região sul do país, dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, em menor número do estado do Paraná.
O processo migratório foi acelerado no de 1991, Querência era vila considerável, em conseqüência da vontade dos moradores e da prefeitura de Canarana, foi elevada a condição de Distrito, em 04 de março do mesmo ano.
A distritação propiciou um novo ciclo de transformações de Querência, sendo que as necessidades até em tão não era plenamente atendidas com isto passaram a ser, proporcionando um novo impulso de desenvolvimento que rumou a dependência política e administrativa.
Em 06 de agosto do mesmo ano aconteceu a aprovação pelo o plenário da Assembléia Legislativa do projeto de criação do município, sendo que o mesmo foi sancionado pelo então Governador do MT Sr Jaime Veríssimo Campos, no dia 19 de dezembro de 1991, sobe projeto de Lei Estadual n° 5.895191.
O município possui área total de 17.575,33 Km. Possui aproximadamente 11.000 habitantes, sendo que 5.600 reside na área urbana, 3.800 na área rural e 1.600 são indígenas.
O município situa-se a noroeste do estado do MT, limitando-se com os municípios de Alto Boa Vista, Ribeirão Cascalheira, São Felix Do Araguaia, Feliz Natal, Gaúcha do Norte e Canarana.
No município existe 500 propriedades rurais e mais 1.000 parcelas distribuídas nos 05 assentamentos implantados pelo INCRA: Coutinho União; P.A. Brasil Novo; P.A. Pequi; P.A. Pingo D’Água; São Manoel.
Nasce em 2001 a Escola Municipal Família Agrícola de Querência – EMFAQUE, com duas turmas de 5ª séries, no total de 61 alunos. A EMFAQUE é uma instituição mantida pela Prefeitura Municipal de Querência e mantém parcerias com outras instituições públicas e privadas do município e região.
Querência do latim “quaerere” (querer), adaptado para o Espanhol platino “Querência”; o termo assume o sentido de lugar onde o gado costuma ficar, em sentido de translado; lar, querido lar.
Começou a existir em dezembro de1985, com a chegada das primeiras famílias, vindas da região sul do país, dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, em menor número do estado do Paraná.
O processo migratório foi acelerado no de 1991, Querência era vila considerável, em conseqüência da vontade dos moradores e da prefeitura de Canarana, foi elevada a condição de Distrito, em 04 de março do mesmo ano.
A distritação propiciou um novo ciclo de transformações de Querência, sendo que as necessidades até em tão não era plenamente atendidas com isto passaram a ser, proporcionando um novo impulso de desenvolvimento que rumou a dependência política e administrativa.
Em 06 de agosto do mesmo ano aconteceu a aprovação pelo o plenário da Assembléia Legislativa do projeto de criação do município, sendo que o mesmo foi sancionado pelo então Governador do MT Sr Jaime Veríssimo Campos, no dia 19 de dezembro de 1991, sobe projeto de Lei Estadual n° 5.895191.
O município possui área total de 17.575,33 Km. Possui aproximadamente 11.000 habitantes, sendo que 5.600 reside na área urbana, 3.800 na área rural e 1.600 são indígenas.
O município situa-se a noroeste do estado do MT, limitando-se com os municípios de Alto Boa Vista, Ribeirão Cascalheira, São Felix Do Araguaia, Feliz Natal, Gaúcha do Norte e Canarana.
No município existe 500 propriedades rurais e mais 1.000 parcelas distribuídas nos 05 assentamentos implantados pelo INCRA: Coutinho União; P.A. Brasil Novo; P.A. Pequi; P.A. Pingo D’Água; São Manoel.
Nasce em 2001 a Escola Municipal Família Agrícola de Querência – EMFAQUE, com duas turmas de 5ª séries, no total de 61 alunos. A EMFAQUE é uma instituição mantida pela Prefeitura Municipal de Querência e mantém parcerias com outras instituições públicas e privadas do município e região.
AS ESCOLAS FAMÍLIA AGRÍCOLA NO BRASIL E NO MUNDO
A Escola Família Agrícola tem origem em Lauzun-França em 1935, onde os pais Agricultores, ajudados por um vigário – Abbé Granereau, organizaram um tipo de ensino onde os jovens alternavam períodos na Paróquia e na Família. Tal ritmo possibilitava que os jovens estudassem e trabalhassem.
Essa experiência foi aos poucos sendo estruturada, possibilitando a permanência de uma semana no internato, seguida de duas semanas na propriedade agrícola, dando início à modalidade Pedagogia da Alternância. Mais tarde, adaptando-se em vários países da Europa e América Latina.
A Pedagogia da Alternância, hoje está presente nos cinco continentes. Chegou no Brasil em 1968 e atualmente existe em 18 estados com um número aproximado de 113 escolas.
No Brasil o modelo foi adaptado pelo MEPES (Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo), através do padre Humberto Pietrogrande, jesuíta italiano.
O MEPES foi fundado em 1968 no Município de Anchieta, estabeleceu contatos com as paróquias e instituições Municipais de quatro Municípios do Sul do Estado – Anchieta, Iconha, Rio Novo do Sul e Alfredo Chave, onde iniciou suas primeiras ações para um trabalho de pesquisa - levantamento sócio-econômico da região, onde seriam implantadas as primeiras Escolas Famílias Agrícolas.
Concomitantemente a esse trabalho, um grupo de jovens agricultores brasileiros, eram treinados na Itália, no Centro de Cooperação Agrícola Trevisano. Assim, em 1969/70, iniciam suas atividades as Escolas Famílias Agrícolas de Olivânia, Alfredo Chaves, Rio Novo do Sul e Campinho de Iconha.
Em 1972 o modelo se expandiu para o Norte do Estado do Espírito Santo. Inicia-se em Olivânia a primeira Escola de 2º Grau para atender a clientela que terminava o primeiro ciclo. A experiência rompe fronteira do Estado, ganha o Nordeste do Estado da Bahia e mais tarde outros Estados Brasileiros.
Hoje o MEPES, presta assessoria pedagógica, bem como prepara os profissionais, através do seu Curso de Formação, para atuarem no projeto no Espírito Santo ou em qualquer Estado do Brasil.
As Escolas Famílias Agrícolas, para assegurar suas características de educação do campo e os princípios básicos da pedagogia da alternância, estão organizadas a nível internacional na AIMFR - Associação Internacional dos Movimentos Familiares de Formação Rural, com sede em Paris-França.
No Brasil, em nível nacional, na UNEFAB - União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil, com sede em Brasília - DF. E ainda em diversos regionais, devido às questões geográficas do país. A Escola Municipal Família Agrícola - EMFAQUE de Mato Grosso, é filiada a UNEFAB e compõe o regional AEFACOT - Associação das Escolas Famílias Agrícolas do Centro Oeste e Tocantins, com sede em Orizona-GO.
Essa experiência foi aos poucos sendo estruturada, possibilitando a permanência de uma semana no internato, seguida de duas semanas na propriedade agrícola, dando início à modalidade Pedagogia da Alternância. Mais tarde, adaptando-se em vários países da Europa e América Latina.
A Pedagogia da Alternância, hoje está presente nos cinco continentes. Chegou no Brasil em 1968 e atualmente existe em 18 estados com um número aproximado de 113 escolas.
No Brasil o modelo foi adaptado pelo MEPES (Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo), através do padre Humberto Pietrogrande, jesuíta italiano.
O MEPES foi fundado em 1968 no Município de Anchieta, estabeleceu contatos com as paróquias e instituições Municipais de quatro Municípios do Sul do Estado – Anchieta, Iconha, Rio Novo do Sul e Alfredo Chave, onde iniciou suas primeiras ações para um trabalho de pesquisa - levantamento sócio-econômico da região, onde seriam implantadas as primeiras Escolas Famílias Agrícolas.
Concomitantemente a esse trabalho, um grupo de jovens agricultores brasileiros, eram treinados na Itália, no Centro de Cooperação Agrícola Trevisano. Assim, em 1969/70, iniciam suas atividades as Escolas Famílias Agrícolas de Olivânia, Alfredo Chaves, Rio Novo do Sul e Campinho de Iconha.
Em 1972 o modelo se expandiu para o Norte do Estado do Espírito Santo. Inicia-se em Olivânia a primeira Escola de 2º Grau para atender a clientela que terminava o primeiro ciclo. A experiência rompe fronteira do Estado, ganha o Nordeste do Estado da Bahia e mais tarde outros Estados Brasileiros.
Hoje o MEPES, presta assessoria pedagógica, bem como prepara os profissionais, através do seu Curso de Formação, para atuarem no projeto no Espírito Santo ou em qualquer Estado do Brasil.
As Escolas Famílias Agrícolas, para assegurar suas características de educação do campo e os princípios básicos da pedagogia da alternância, estão organizadas a nível internacional na AIMFR - Associação Internacional dos Movimentos Familiares de Formação Rural, com sede em Paris-França.
No Brasil, em nível nacional, na UNEFAB - União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil, com sede em Brasília - DF. E ainda em diversos regionais, devido às questões geográficas do país. A Escola Municipal Família Agrícola - EMFAQUE de Mato Grosso, é filiada a UNEFAB e compõe o regional AEFACOT - Associação das Escolas Famílias Agrícolas do Centro Oeste e Tocantins, com sede em Orizona-GO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA EMFAQUE
A Proposta Pedagógica é o planejamento de tudo que a escola tem a intenção de fazer, de realizar, lançando para adiante, com base no que tem, buscando o possível. E melhorar o presente e antever um futuro melhor do que o presente.
Esta Proposta vai além de um agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas, não sendo algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova de cumprimento de tarefas burocráticas. Ela é construída e vivenciada em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola, tendo o objetivo de buscar uma nova organização para a escola e estabelecer um rumo, uma direção, um sentido explícito, com um compromisso estabelecido coletivamente. É através dela que a Escola saberá com clareza, para onde vai, como caminhar e porque vai nesta ou naquela direção.
Esta Proposta Pedagógica é fundamentada na política nacional - Lei de Diretrizes e Base da Educação n. º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que prevê no seu artigo 12 Inciso I que os Estabelecimentos de Ensino terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica, baseado na democratização do ensino, sugerindo medidas ordenadas na escola, considerando sua autonomia.
Em se pensando numa Proposta Filosófica e Pedagógica para a Escola Municipal Família Agrícola - EMFAQUE, há que se considerar diversos fatores: a experiência e a fala do grupo envolvido; as diversas correntes de pensamentos filosóficos; a conjuntura e a estruturação da sociedade brasileira e mundial.
Assim, a filosofia e a metodologia diferenciada valorizará a mulher e o homem do campo, possibilitando a inserção ativamente em sua comunidade, bem como na sociedade urbana na qual se relaciona e interage.
Para se concretizar um projeto com metodologia diferenciada, a estrutura da Escola, a disponibilidade e a vontade do corpo docente, corpo discente, corpo administrativo e a associação, devem estar direcionados para um mesmo rumo: a melhoria da qualidade de vida do campo.
É preciso então criar e recriar condições para que a Mulher e o Homem da Terra tornem-se sujeitos (as) da história, interagindo na sua realidade e no mundo.
Dentro desta Proposta, a permanência e a fixação da Mulher e do Homem do Campo dar-se-á quando este reconhecer que pode ter maiores chances de sobrevivência com as mesmas ou melhores condições que a Mulher e o Homem da Cidade.
O ambiente escolar deve ser agradável, ser um espaço pedagógico, possibilitando o crescimento individual e coletivo, viabilizando o conhecimento e o aprendizado de forma mais produtiva.
Ter a preocupação com o meio rural é uma constante, bem como o meio geográfico em que a escola está inserida favorecendo assim, uma visão de mundo, reconhecendo-se parte integrante do mesmo.
O compromisso com a educação passa por diversos caminhos. Resgatar a valorização do ensino e a qualidade deste é um dos caminhos para que o processo de Educação Popular torne-se viável e aplicável.
O profissional para este tipo de educação precisa e deve preocupar-se para que a escola funcione como uma dinamizadora de potencialidades, redescoberta e releitura do mundo.
Esta Proposta vai além de um agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas, não sendo algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova de cumprimento de tarefas burocráticas. Ela é construída e vivenciada em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola, tendo o objetivo de buscar uma nova organização para a escola e estabelecer um rumo, uma direção, um sentido explícito, com um compromisso estabelecido coletivamente. É através dela que a Escola saberá com clareza, para onde vai, como caminhar e porque vai nesta ou naquela direção.
Esta Proposta Pedagógica é fundamentada na política nacional - Lei de Diretrizes e Base da Educação n. º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que prevê no seu artigo 12 Inciso I que os Estabelecimentos de Ensino terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica, baseado na democratização do ensino, sugerindo medidas ordenadas na escola, considerando sua autonomia.
Em se pensando numa Proposta Filosófica e Pedagógica para a Escola Municipal Família Agrícola - EMFAQUE, há que se considerar diversos fatores: a experiência e a fala do grupo envolvido; as diversas correntes de pensamentos filosóficos; a conjuntura e a estruturação da sociedade brasileira e mundial.
Assim, a filosofia e a metodologia diferenciada valorizará a mulher e o homem do campo, possibilitando a inserção ativamente em sua comunidade, bem como na sociedade urbana na qual se relaciona e interage.
Para se concretizar um projeto com metodologia diferenciada, a estrutura da Escola, a disponibilidade e a vontade do corpo docente, corpo discente, corpo administrativo e a associação, devem estar direcionados para um mesmo rumo: a melhoria da qualidade de vida do campo.
É preciso então criar e recriar condições para que a Mulher e o Homem da Terra tornem-se sujeitos (as) da história, interagindo na sua realidade e no mundo.
Dentro desta Proposta, a permanência e a fixação da Mulher e do Homem do Campo dar-se-á quando este reconhecer que pode ter maiores chances de sobrevivência com as mesmas ou melhores condições que a Mulher e o Homem da Cidade.
O ambiente escolar deve ser agradável, ser um espaço pedagógico, possibilitando o crescimento individual e coletivo, viabilizando o conhecimento e o aprendizado de forma mais produtiva.
Ter a preocupação com o meio rural é uma constante, bem como o meio geográfico em que a escola está inserida favorecendo assim, uma visão de mundo, reconhecendo-se parte integrante do mesmo.
O compromisso com a educação passa por diversos caminhos. Resgatar a valorização do ensino e a qualidade deste é um dos caminhos para que o processo de Educação Popular torne-se viável e aplicável.
O profissional para este tipo de educação precisa e deve preocupar-se para que a escola funcione como uma dinamizadora de potencialidades, redescoberta e releitura do mundo.
CARACTERIZAÇÃO DA EMFAQUE
A Escola Municipal Família Agrícola - EMFAQUE, é um projeto de educação do campo e para o campo, com uma pedagogia própria, para um público específico: do povo camponês, assentado pelo projeto de reforma agrária do país, em Mato Grosso.
Os assentados são famílias sem-terra, que receberam do INCRA ou do Estado, uma área de terra variando de 70 a 100 hectares. O tamanho da área é definido dependendo da negociação entre o órgão competente, trabalhadores e a qualidade do solo. A exploração da propriedade é conduzida em regime de economia familiar.
Essas famílias, antes de serem assentadas, exerciam as atividades de: bóias-frias, arrendatários e meeiros. Optaram por participar de ocupação de terras improdutivas, através de organizações dos trabalhadores sem-terra, devido terem de alguma forma sua raiz na agricultura e sonhavam em serem donos de seu próprio pedaço de chão. Na sua maioria permaneceram nos acampamentos de moradia de lona, numa vida de precariedade. São de origem dos Estados do Nordeste, Sul, Norte, Centro-Oeste e até do nosso país vizinho, Paraguai. Existe também uma peculiaridade de um grupo denominado: Brasiguaios - que são as famílias brasileiras que viveram no país vizinho, cultivando lavouras como meeiros, arrendatários, empregados de fazendas ou até proprietários, que decidiram lutar por um pedaço de chão na própria pátria.
Geralmente, são famílias bastante carentes, sem formação escolarizada, sem muitos conhecimentos técnicos/científicos e pouca aceitação tecnológica alternativa na área de agropecuária.
Os jovens são de faixa etária entre 09 a 18 anos, de raça negra e branca, 98% de origem mato-grossense, alguns até nascidos em acampamentos. São jovens trabalhadores, agricultores e estudantes.
Os assentados são famílias sem-terra, que receberam do INCRA ou do Estado, uma área de terra variando de 70 a 100 hectares. O tamanho da área é definido dependendo da negociação entre o órgão competente, trabalhadores e a qualidade do solo. A exploração da propriedade é conduzida em regime de economia familiar.
Essas famílias, antes de serem assentadas, exerciam as atividades de: bóias-frias, arrendatários e meeiros. Optaram por participar de ocupação de terras improdutivas, através de organizações dos trabalhadores sem-terra, devido terem de alguma forma sua raiz na agricultura e sonhavam em serem donos de seu próprio pedaço de chão. Na sua maioria permaneceram nos acampamentos de moradia de lona, numa vida de precariedade. São de origem dos Estados do Nordeste, Sul, Norte, Centro-Oeste e até do nosso país vizinho, Paraguai. Existe também uma peculiaridade de um grupo denominado: Brasiguaios - que são as famílias brasileiras que viveram no país vizinho, cultivando lavouras como meeiros, arrendatários, empregados de fazendas ou até proprietários, que decidiram lutar por um pedaço de chão na própria pátria.
Geralmente, são famílias bastante carentes, sem formação escolarizada, sem muitos conhecimentos técnicos/científicos e pouca aceitação tecnológica alternativa na área de agropecuária.
Os jovens são de faixa etária entre 09 a 18 anos, de raça negra e branca, 98% de origem mato-grossense, alguns até nascidos em acampamentos. São jovens trabalhadores, agricultores e estudantes.
DEMANDA DA EMFAQUE
O que está em questão é um projeto de educação do campo que tem compromisso com a promoção do ser humano, um projeto comprometido com o desenvolvimento rural. A ideologia que fundamenta e que orienta a prática educativa da Escola Municipal Família Agrícola - EMFAQUE, nasce da consideração do homem e da mulher rural como ponto central e convergente da sua realidade. Assim a Escola Municipal Família Agrícola - EMFAQUE, objetiva juntar forças sociais no meio rural em vista de desenvolver uma educação o mais integral possível da pessoa – formar indivíduos que se sintam capazes de encontrar em si e em sua comunidade as forças necessárias para o engajamento em mudanças políticas, sociais, técnicas e econômicas.
Esta Escola foi criada para atender a uma clientela específica e trabalhar uma educação onde se tenha o máximo de participação, envolvendo a família para que assuma junto à escola seu papel de verdadeira educadora, uma educação partindo sempre da experiência vivida pelo aluno para que ele não se desligue do seu meio, facilitando a compreensão e, sobretudo despertando-o para analisar e refletir sua realidade. Dessa forma, operando a integração da vida com a escola, o projeto educativo deixa de ser responsabilidade única da instituição e passa a ser comungado por vários agentes comprometidos com o desenvolvimento social, técnico, político e econômico do seu meio.
A EMFAQUE atende jovens filhos de pequenos agricultores, assentados, chacareiros e municípios vizinhos. Que estão a uma distância da escola de 06 a 250 Km.
Esta Escola foi criada para atender a uma clientela específica e trabalhar uma educação onde se tenha o máximo de participação, envolvendo a família para que assuma junto à escola seu papel de verdadeira educadora, uma educação partindo sempre da experiência vivida pelo aluno para que ele não se desligue do seu meio, facilitando a compreensão e, sobretudo despertando-o para analisar e refletir sua realidade. Dessa forma, operando a integração da vida com a escola, o projeto educativo deixa de ser responsabilidade única da instituição e passa a ser comungado por vários agentes comprometidos com o desenvolvimento social, técnico, político e econômico do seu meio.
A EMFAQUE atende jovens filhos de pequenos agricultores, assentados, chacareiros e municípios vizinhos. Que estão a uma distância da escola de 06 a 250 Km.
IDENTIFICAÇÃO
A Escola Municipal Família Agrícola de Querência (EMFAQUE), está situada na Estrada R-9, s/n – Campo Experimental, Setor Setor Rural. Tem como Entidade Mantenedora a Prefeitura Municipal de Querência, Cep: 78.643-000, fundada em 14 de abril de 2001, tem como objetivo principal à promoção integral dos pequenos agricultores rurais.
A EMFAQUE oferece o Ensino Fundamental e o Ensino Médio Profissionalizante ( Técnico em Agropecuária com Ênfase na Agricultura Familiar) fruto de um processo que iniciou com o desenvolvimento das atividades com a 1ª turma no ano de 2001 no CTG (Centro de Tradições Gaúchas de Querência). No mesmo ano, com a aquisição da Sede Própria, continuou suas atividades no endereço acima citado. Vem a cada dia, ampliando novos horizontes, na perspectiva de melhoria e organização da qualidade do ensino-aprendizagem.
A EMFAQUE, no seu oitavo ano ano de funcionamento em sede própria, conta hoje com turmas de 7º, 8º , 9º ano e Ensino Médio . É uma escola que visa atender filhos (as) de agricultores rurais da região conveniados com a Secretaria Municipal de Educação, e ainda recebe apoio de algumas Entidades e grupos organizados em Querência (Entidades Parceiras). Trabalha com o Sistema de Alternância, onde o aluno permanece um período na escola em regime de internato denominado Sessão Escolar e um período em casa denominado Sessão Familiar, ou seja, o meio rural.
Isto nos possibilitou observar necessidades de mudanças no que se refere à organização curricular, principalmente no aproveitamento de competências e experiências anteriores.
Buscou-se neste trabalho atender dentro das determinações legais, as necessidades vivenciadas pelo município de Querência que concentra mais de 30% de sua população na zona rural, isto sem perder a identidade específica da Escola, o que foi possível através de uma ação coletiva e participativa.
A Escola Municipal Família Agrícola de Querência (EMFAQUE), está situada na Estrada R-9, s/n – Campo Experimental, Setor Setor Rural. Tem como Entidade Mantenedora a Prefeitura Municipal de Querência, Cep: 78.643-000, fundada em 14 de abril de 2001, tem como objetivo principal à promoção integral dos pequenos agricultores rurais.
A EMFAQUE oferece o Ensino Fundamental e o Ensino Médio Profissionalizante ( Técnico em Agropecuária com Ênfase na Agricultura Familiar) fruto de um processo que iniciou com o desenvolvimento das atividades com a 1ª turma no ano de 2001 no CTG (Centro de Tradições Gaúchas de Querência). No mesmo ano, com a aquisição da Sede Própria, continuou suas atividades no endereço acima citado. Vem a cada dia, ampliando novos horizontes, na perspectiva de melhoria e organização da qualidade do ensino-aprendizagem.
A EMFAQUE, no seu oitavo ano ano de funcionamento em sede própria, conta hoje com turmas de 7º, 8º , 9º ano e Ensino Médio . É uma escola que visa atender filhos (as) de agricultores rurais da região conveniados com a Secretaria Municipal de Educação, e ainda recebe apoio de algumas Entidades e grupos organizados em Querência (Entidades Parceiras). Trabalha com o Sistema de Alternância, onde o aluno permanece um período na escola em regime de internato denominado Sessão Escolar e um período em casa denominado Sessão Familiar, ou seja, o meio rural.
Isto nos possibilitou observar necessidades de mudanças no que se refere à organização curricular, principalmente no aproveitamento de competências e experiências anteriores.
Buscou-se neste trabalho atender dentro das determinações legais, as necessidades vivenciadas pelo município de Querência que concentra mais de 30% de sua população na zona rural, isto sem perder a identidade específica da Escola, o que foi possível através de uma ação coletiva e participativa.
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